Nachal Novea, Mekor Chochmah (Mishilê 18:4)
“Um
rio que flui, a fonte de sabedoria (Provérbios 18:4)”
Parashá
Vayeshev [Gênesis 37:1-40:23]
Pesquisa, tradução e adaptação: Yashar David e
Shlomo ben Avraham
RESUMO
Yaacov envia Yossef para vigiar seus irmãos que estão
guardando o rebanho longe de casa, e ao vê-lo se aproximar, planejam matá-lo.
Reuven (Rubens) convence os irmãos a não matarem Yossef, mas é incapaz de
salvá-lo totalmente quando os irmãos vendem Yossef como escravo no Egito. Após
mergulhar o casaco de Yossef em sangue, eles voltam ao pai, que acredita que
seu amado filho foi destroçado por um animal selvagem. A Torá faz uma digressão
para relatar a história de Yehudá e sua nora, Tamar.
A narrativa volta-se então para Yossef no Egito, onde se
torna um escravo que obtém sucesso e é encarregado dos negócios da família de
seu amo Potifar. A esposa de Potifar tenta por diversas vezes seduzir Yossef, e
quando ele recusa seus avanços, ela grita dizendo que ele tentou violentá-la.
Yossef é jogado na prisão onde novamente é alçado a uma
posição de liderança, desta vez ficando encarregado dos prisioneiros. Dez anos
depois, o mordomo chefe do faraó e o padeiro são jogados na mesma prisão. Certa
noite eles têm um sonho intrigante, que Yossef interpreta de forma acurada, e a
porção conclui quando o mordomo retorna a seu cargo antigo e o padeiro é
executado, como Yossef havia predito.
COMENTÁRIO
BRESLEV DA PARASHÁ
"Estas são as gerações
de Jacó. Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos;
sendo ainda jovem, andava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa,
mulheres de seu pai; e José trazia más notícias deles a seu pai. ”
[Gênesis 37:2]
[Gênesis 37:2]
Todo ser humano é “multifacetado”, evidentemente, sem exceções todos nós teremos muitas variáveis.
Isto não tem nada haver com “ser duas caras”, vaselina, hipócrita,
político etc. E sim “ter” a consciência,
de que ao mesmo tempo que temos uma identidade, com suas particularidades
culturais, sociais religiosas, somos também, membros
da sociedade, e por conta disso, teremos
que lidar e interagir com pessoas diferentes, mas igualmente especiais, pois
todos, são criaturas divinas, com idéias, valores e pensamentos, que são
validos de alguma forma, por mais distante que esteja da nossa escala de
valores. Todos, sem exceção, tem um “ponto
bom”, dentro de si, como nos ensinou Rabeinu!
Provavelmente
você está questionando, mas devemos defender nossos ideais, custe o que custar.
E
de fato a Torá exige que cada indivíduo seja fiel em proteger seus interesses,
como o Talmud diz:
"Ele
(Hillel) costumava dizer, se eu não sou por mim mesmo, que será por mim? [quem
vai defender meus interesses, minha identidade, se eu não o fizer?]”
Porém o sábio também ensinou, que como membro da sociedade
universal, também é meu dever, respeitar e proteger os direitos dos outros;
"Se eu sou [apenas] por mim, o que sou eu "?
(Talmud: Avot 1:14)
Cada
pessoa deve esforçar-se para atingir o equilíbrio entre suas necessidades individuais
e AS NECESSIDADES Dos outros
Estes dois ensinamentos não se contradizem, mas vem para
nos dizer, que cada pessoa deve se esforçar para atingir o equilíbrio, entre
suas necessidades individuais e as necessidades dos demais.
Em vários momentos na vida, atravessamos o dilema de ter
que decidir entre, beneficiar os outros, para um bem maior de todos. Em
detrimento dos nossos “auto-interesses”. [para nosso próprio bem pessoal]
O Talmud analisa essa questão e discute os muitos
conflitos, sobre a importância de favorecer as necessidades individuais ou a necessidades
dos outros. Chegando a muitas conclusões diferentes sobre quando e qual é o
curso correto da ação.
Um desses casos é de dois indivíduos que estão presos,
longe da civilização. Só existe comida suficiente para sustentar um deles. O que
possui o alimento, deve compartilhar com seu companheiro o pouco que possui, o que
resultaria na morte de ambos, ou ele esta autorizado a ser egoísta, e garantir pelo
menos sua sobrevivência, ainda que condene seu amigo a morte certa?
As regras da sabedoria judaica neste caso particular nos
ensina que o que temos hoje, é para manter vivo a nós e nosso povo.
Esse dilema tem ocorrido muitas vezes ao longo da história,
por exemplo, o famoso caso do Titanic. O enorme navio de luxo estava afundando e
não havia botes salva-vidas suficientes para todos os passageiros. Eles foram
forçados a escolher quem ocuparia os assentos limitados nos barcos-salva-vida,
deixando os outros afundarem com o navio para a morte.
Em muitas das sangrentas batalhas travadas ao longo da história,
os feridos eram numerosas para o pequeno contingente de médicos. Eles tiveram
que escolher rapidamente quem tratar imediatamente e tentar salvar alguém, deixando
morrer as pessoas que provavelmente não seriam capazes de sobreviver.
Na Inglaterra de hoje, devido aos recursos financeiros
limitados de seu sistema nacional de saúde, existe um painel que decide quais
os pacientes seriamente doentes receberão tratamento e quais não.
No nível espiritual, essas decisões
são constantemente tomadas e são ainda mais críticas
No nível espiritual, essas decisões são tomadas
constantemente. No entanto, essas decisões, são ainda mais críticas, pois
envolvem a eternidade de uma pessoa.
Ao contrário de outras religiões e movimentos, o Judaísmo
não está preocupado com quantidade, não se conta os membros da comunidade da
mesma forma que o fazendeiro conta cabeça de gado, o maior objetivo é atingir a
qualidade espiritual de cada individuo.
O judaísmo é auto-confiante
em seus ensinamentos e portanto, não procura converter ou encorajar o proselitismo.
A verdade fala por si só, não há necessidade de lançar
atraentes e agressivas campanhas para mostrar a força numérica da religião.
Números não influenciam nem mudam a verdade. O rei Salomão
escreveu: "Ela [as filosofias
estranhas, que possuem fragmentos da verdade] seduziu [o buscador incauto - mal informado] pela abundância de seu raciocínio; pela lisonja de seus lábios."
(Provérbios 7:21)
O Gaon de Vilna diz que este verso refere-se a métodos que todas
as filosofias estranhas, empregam para convencer as pessoas da verdade de seus
caminhos. Ele acrescenta que o fato desses métodos serem empregados indica que
algo está errado com a filosofia (a saber, como um vendedor de automóveis
usados, que tenta vender carros com
defeito. Astutamente ele desvia a atenção das falhas do carro.)
Se
uma crença é verdadeira não existe necessidade de usar aparelhos sofisticados para ganhar adeptos.
Muitos líderes
JUSTOS FELT RISCOS grande demais para REACH OUT TO NÃO-RELIGIOSOS ... Outros
líderes JUSTOS sentiu que ainda havia esperança
A função do povo escolhido por D’us, o Sagrado Abençoado
Seja, é conduzir e guiar os outros ao serviço de Hashem (D'us). Este papel não
é para todos, mas apenas para aqueles que são dignos, como o rei Davi escreveu:
“Quem subirá ao monte
do Senhor, e que poderá estar no lugar de Sua santidade? Aquele que é limpo de mãos [ele deve ser honesto em suas
relações com os homens, e reverente em sua atitude em relação a Hashem] e
puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. Este receberá a bênção do
SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação. Esta é a geração daqueles
que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá.)
Tehilim [Salmos
24:4-6][Aquele que deseja desfrutar de elevação espiritual deve
aperfeiçoar o seu comportamento - Rashi]
É ridículo escolher uma pessoa imoral ou corrupta como seu líder
religioso. Este papel deve ser relegado apenas para aqueles que realmente fazem
jus aos ideais que pregam.
O mesmo vale para aqueles rabinos que ensinam a Torá em
nossas instituições religiosas e recebemos em nossas casas e comunidades.
Indivíduos imorais e
corruptos podem potencialmente influenciar os membros da comunidade
negativamente e diluir o compromisso da comunidade. [isso também diz respeito
ao tipo de revistas, livros, filmes e programas de TV que nós permitimos em
nossos lares e que entram em nossas mentes].
É por isso que tem muitas comunidades religiosas que
adotaram uma visão isolacionista como uma questão de política.
Não é difícil entender quando vemos a poluição moral
vigente que nos rodeia. Portanto, existem aquelas pessoas a quem devemos
rejeitar e outros a quem damos as boas vindas de braços abertos.
Rabi Nachman ensinou: "Existem pessoas más a quem é
proibido tentar trazer para perto de Hashem, pois fará com que aqueles que já
estão perto de Hashem, caiam, devido ao baixo nível que possuem.”
Rabi Nachman lista alguns dos tipos de pessoas que devem
ser afastadas:
"As pessoas que são arrogantes e se sentem,
auto-suficientes, o rude [agressivo], aquele que tem necessidade de honrarias,
pois eles receberão um duro golpe no ego quando confrontados com a verdade, eles
não serão capazes de tolerar ou aceitar e interiorizar os ensinamentos da Torá
[mas vão tentar derrubar aqueles que estão tentando].
A única forma eficaz de aceitar e interiorizar os
ensinamentos da Torá é humilhar-se [para ter uma mente aberta - para primeiro
ouvir e analisar um ensinamento antes de rejeitá-lo] e reconhecer a verdade,
por vezes, dolorosa. Somente uma pessoa como essa pode ser moldada [e chegar] à
verdade. (I Lekutai MoHaran 70)
Portanto, aquele que tenta aproximar as pessoas de Hashem,
deve continuamente orar a D'us, o Sagrado Abençoado Seja, que Ele irá ajudá-lo
a discernir quem temos que trazer para mais perto. (I Lekutai MoHaran 59:6)
Foi a multidão mista [dos gentios idolatras], a quem Moisés,
sem autorização de D'us, o Sagrado Abençoado Seja, converteu ao judaísmo, que
influenciou os judeus a pecarem contra Hashem diversas vezes no deserto depois
de terem saído do Egito, trazendo a ira de Hashem sobre eles e causando o
atraso da vinda do Messias por vários
milhares de anos.
Por causa dos perigos potenciais em trazer as pessoas que
são indignas, corruptas, e resistentes ao as leis sagradas da Torá, muitos dos
líderes justos, através das gerações, sabendo dos riscos os para a comunidade não
estenderam as mãos para ninguém.
No entanto, alguns líderes preferiam não generalizar e
sentiam que achando algo de bom dentro destes indivíduos, ainda havia esperança
para aproximá-los, apesar de serem
potencialmente perigos espirituais.
Nesta parashá semanal, que antecede o feriado de Chanuká,
abordaremos esta importante questão. Baseado nas descobertas de Rabi Nachman e
seu discípulo Rav Natan de breslev.
Beit
Shamai entendeu que as velas de Chanucá devem ser disponibilizadas apenas para indivíduos DIGNOs
... Já a Beit Hillel: expandiu e disponibilizou para todos
Vamos entender melhor esta máxima judaica. No Talmude lemos
um clássico debate entre os estudantes de Shamai e os alunos de Hillel, sobre a
maneira pela qual as luzes de Chanucá devem ser acesas.
A escola de Shammai (Beit Shammai) ensinou que as “velas”
devem ser iluminadas de forma decrescente. Na primeira noite, oito velas devem
estar acesas, na segunda noite, sete, e assim sucessivamente até a oitava e
última noite, quando apenas uma vela
será acesa.
A escola de Hillel (Beit Hillel disse o contrário, as velas
devem ser acesas em ordem crescente. No primeiro dia devemos acender a primeira
vela, no segundo dia, duas velas, e assim sucessivamente até a oitava noite
quando oito velas ficam acesas.
Esse argumento era baseado nas diferenças filosoficas entre
as duas escolas, que é a base para todos os debates.
A beit Shamai consistia de sábios, homens sagrados, que
achavam que para manter a pureza e a integridade do povo judeu, era melhor
adotar uma política de isolamento. Separar, afastar literalmente o santo do
profano.
As luzes das velas de Chanucá, são tão sagradas que a luz
divina da vida, após a morte espiritual repousa sobre as chamas acesas. Nesta
lógica a Beit Shamai diminuía o número de velas acesas a cada noite, refletindo
a filosofia de que a luz de Hashem, não deve estar disponível para todos os
indivíduos, mas apenas, para aqueles que são considerados dignos de fato
da luz de D’us, o Sagrado Abençoado Seja!
Portanto, a beit Shamai entendeu que a luz Divina que
repousa sobre as velas de Chanucá devem ser acesas e disponibilizadas apenas
por pessoas dignas do círculo interno, evitando os perigos potenciais,
impedindo que a luz de Hashem caísse em mãos erradas, chas vshalom. Isto sem
duvida é muito meritório!
A Beit Hillel, por outro lado, achava que o risco é
necessário e que, portanto, a luz divina que repousa sobre as velas de Chanucá
devem ser expandida, indicando que esta luz deve ser disponibilizada a todos,
excluindo apenas um indivíduo que se recusa a aderir os ensinamentos da Torá,
mesmo após serem expostos a eles por um longo tempo.
Rav Natan diz que o sábios que estão inclinados para a
visão de Beit Shamai, são espiritualmente enraizados na área espiritual do
juízo da Torá [rigor] (em hebraico: din) E aqueles que estão inclinados para
Beit Hillel, são espiritualmente enraizados na bondade (hebraico: chesed).
Rav Natan escreve que Rabi Nachman, favorecia as opiniões
da Beit Hillel e muitas vezes arriscou a vida para trazer pessoas de volta para
Hashem, sofrendo perseguição por parte Tzadikim (santos) que não concordavam
com ele, e o resistiam duramente.
Este
conflito foi essencialmente a disputa entre Yosef (José) e seus irmãos
Este conflito era essencialmente a disputa entre Yosef
(José) e seus irmãos. Yosef foi o antecessor filosófico da beit Hillel e do
Rabino Nachman.
Seu nome reflete essa filosofia, Yosef significa adicionar,
assim como a escola de Hillel sentia que temos de acrescentar, mais uma vela a
cada noite de Chanucá.
A essência de Yosef
era toda voltada para adicionar tantas almas quanto possível para a
comunidade santa.
Já os irmãos de
Yosef, eram homens santos, bem como o alunos da Beit Shamai, que acreditavam que
o risco de aproximar as pessoas para
Hashem não valia apena.
Seu pai, Ya'akov (Jacó) era semelhante aos alunos da Beit
Hillel, como o verso diz: "E Ya'akov habitou na terra de sua peregrinação [hebraico:
megu'ray] na terra de Canaã" (Gênesis 37:1)
A palavra "megu'ray ', vem da raiz hebraica
"megayair", equivalente a converter. O Midrash nos diz que Ya'akov
trabalhou muito duro para aproximar as pessoas de Hashem.
Yosef seguiu os passos de seu pai e tentou levar os
estrangeiros a D’us, como o verso diz: "Estas são as gerações de Ya'akov -
Yosef" (Gênesis 37:2)
Ora, Rashi nos diz que Ya'akov transferiu toda a sua
sabedoria e ensinamento para Yosef. Esta sabedoria incluía o conhecimento de
como explicar os profundos conceitos espirituais de uma maneira que mesmo a
mais simples das pessoas seria capaz de entender.
Yosef tinha a capacidade de moldar qualquer indivíduo aos
preceitos da Torá, como o versículo diz: "Yosef, sendo 17 anos de idade,
foi apascentava as ovelhas com seus irmãos." (Gênesis 37:2) Isto significa
que Yosef foi o pastor espiritual do rebanho de seu pai.
Dezessete é o valor numérico da palavra hebraica Tov, bem,
bom! (O valor numérico de uma palavra hebraica está intimamente ligada com a
essência espiritual da palavra, como explicado na Tradição Oral que nos foi
transmitido por Moisés).
Este texto então atribui o número dezessete a Yosef,
indicando que ele era uma pessoa completamente boa. Yosef foi, portanto, capaz
de reconhecer e detectar o menor traço de bondade, mesmo no pior dos
indivíduos, porque ele estava familiarizado com o bem, em todos seus aspectos.
Depois de reconhecer o bem no individuo, Yosef tinha o dom de
nutrir e trazer para fora este bem. Uma vez que quando o bem de uma pessoa é cultivado,
ela pode ligar-se a D’us, o Sagrado Abençoado Seja, como o versículo diz:
"Hashem é bom para todos." (Salmo 145:9).
A
fim de trazer as pessoas mais próximas a Hashem, YOSEF, o tsadic, teve que se
relacionar com cada pessoa em seu próprio nível
A fim de aproximar as pessoas para Hashem, Yosef teve que
se relacionar com cada indivíduo em seu próprio nível como o verso diz: "E
ele (Yosef) sendo ainda um jovem, andava com os filhos de Bila, e com os filhos
de Zilpa." (Gênesis 37: 2)
Os filhos de Bila e Zilpa eram descendentes das servas de
Ya'akov. Alegoricamente isso se refere aos elementos mais baixos do povo judeu,
que estão distantes de Hashem.
O nome Bila, vem da palavra hebraica "bal'ha" -
espantado, referindo-se ao verso, "Eu vou fazer você ser um espanto."
(Ezequiel 26:21)
Rashi explica que a palavra “espanto” (beha'lot) refere-se
às forças do mal, que aflige as pessoas com confusão mental, (mebal'be'lim,
hebraico para a confusão, semelhante à raiz da palavra usada beha'lot neste
versículo) levando-os a pecar. Assim, Bila alegoricamente refere-se a pessoas
que estão distantes de Hashem e são presas em sua própria confusão, devido ao
comportamento pecaminoso.
Já o nome referente a Zilpa remota ao seguinte verso: "Horror
[Zal'ah'fav] se apoderou de mim por causa dos ímpios que abandonam sua lei [D'us]."
(Salmos 119:53)
O "horror"
é contra os ataques das forças do mal que induzem ao pecado. Então, Zilpa em
nosso versículo, é semelhante a palavra "zal'ah'fav", horror, no
verso, em Salmos, refere-se as pessoas que sucumbiram ao pecado.
A declaração: "Ele era um jovem [amigos] com os filhos
de Bila, e com os filhos de Zilpa," alegoricamente significa que a Yosef,
o justos, era amigo de todas as pessoas
distantes de D’us, o Sagrado Abençoado Seja.
O versículo nos diz que o método que ele usou para atrair
as pessoas para mais perto de Hashem era agir como um "jovem". Rashi
nos diz isto significa que Yosef agiu como um jovem tolo, jogador dos jogos do
povo alienado, a fim de integrá-los e ganhar sua confiança, relacionando-se com
eles de uma forma que eles pudessem compreender, a fim de que eles pudessem
aprender sobre Hashem.
Rabi Nachman ensina
que tem pessoas que estão tão longe de Hashem que a única forma de um
Tzadik atraí-los para mais perto é
comendo, bebendo e rindo com eles.
YOSEF
Trazia as pessoas para a HASHEM eliminando assim a desgraça de seus caminhos
pecaminosos
Quando Yosef nasceu, sua mãe, Rachel, que foi uma
profetisa, profetizou sobre ele “, Hashem tirou a minha desgraça." (Gênesis
30:23) Isto diz respeito a grande obra que Yosef fazia em trazer as pessoas para perto de
Hashem, eliminando assim a desgraça de seus caminhos pecaminosos.
Além disso, sua mãe disse: "E chamou-lhe Yosef,
dizendo: Hashem me acrescente outro filho." (Gênesis 30:24) Isso quer dizer que Yosef iria invariavelmente
adicionar novos adeptos para o caminho de Hashem - continuamente ",
acrescentando um outro filho".
Foi o fato de Yosef, ter este comportamento que seu pai o tinha com grande estima, pelo que
foi dito; "E Israel amava Yosef mais que todos os seus [outros filhos],
porque ele era o filho da sua velhice." (Gênesis 37:3)
Entenda, "A
velhice" em hebraico é ben zikunim
que é similar à palavra hebraica zakan,
barba.
O Zohar nos diz que a barba “simbólica” de Hashem tem 13
pontos, a ela correspondentes aos 13 atributos da misericórdia de Hashem, que é
mencionado no livro de Êxodo.
Assim, o versículo indica que Ya'akov, amava Yosef, porque
ele seguiu o caminho misericordioso de aproximar as pessoas para Hashem. Portanto,
o versículo diz: "Ele [Ya'akov] fez para [Yosef] um casaco de muitas
cores". (Gênesis 37:3)
O Zohar ensina que cada item físico neste mundo está
enraizada na luz espiritual de Hashem, que consiste em muitas cores diferentes.
O presente que Ya'akov deu a Yosef, representa
um casaco que ele lhe transmitiram a sabedoria de como controlar todo o
universo, manipulando através da fisicalidade, as muitas cores da luz de D'us.
Ao possuir este conhecimento, Yosef foi capaz de entender o
funcionamento interno do universo que lhe permitiu explicar e demonstrar a
todos os povos, como Hashem pode ser encontrado em todos os aspectos do mundo
material. Yosef era tão bom em mostrar o caminho de Hashem, que ele mesmo não
impressionou o mais materialista e idólatra do mundo o poderoso Faraó, rei do
Egito e os seus servos, como o versículo diz: "E Faraó disse a seus
ministros, "Pode ser encontrado homem como este [Yosefl que tem o espírito de
D'us por ele?” (Gênesis 41:38)
Rabino Nachman, assim, ensinou que Hashem quer que as
pessoas infelizes sejam trazidas para perto d’Ele. Vemos, por
representação; que Yosef era uma pessoa
que estendia suas mãos para as pessoas distantes de Hashem, ele foi um dos “sete pastores" [Abraão, Isaac, Ya'akov,
Moisés, Arão, Yosef e David]
Pela halachá [aplicação prática da lei] a forma de acender
as luzes de Chanukah deve seguir a Beit
Hillel, pois Hashem prefere que tenhamos
cautela, discrição, mas sem apagar as pequenas faíscas sagradas, adicionando-as
a santidade Divina.
Que possamos ter o mérito de nos aproximar de D’us o
Sagrado Abençoado Seja, e também aproximar
nossos irmãos para perto Hashem.
Amém! (Lekutai Halachoth: Orach Chaim: Hilchoth Hash'ka'mas Ha'Boker 4:16, 17)
“Obra realizada com a permissão de D’us, o Sagrado Abençoado Seja!”
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