ASSOCIAÇÃO DE UM JUDEU COM UM NÃO JUDEU
É UMA TRAGÉDIA
Traduzido Por:Yashar David
A Torá proíbe explicitamente o casamento misto: "E não
te aparentarás com eles: tua filha não darás a seu filho, e sua filha não
tomarás para teu filho, porque ele desviará teu filho de Me seguir, e servirão
a outros deuses, e crescerá a ira do Eterno sobre ti, e Ele te destruirá
depressa." [Devarim 7:3-4]
Este é um ponto delicado, pois em virtude da Diáspora, e da falta de
observação religiosa, muitos judeus acabam se relacionando com não judeus, [que
D’us não permita!] Pois quando judeus têm uma associação íntima, [relações
sexuais] com pessoas de outras nações, que são materialmente enraizadas no
mundo, isto é muito prejudicial, porque o materialismo tem muita força, e puxa
o espiritual ao seu nível mais baixo. [Aqui, a palavra material esta associada
com a impureza].
A implicação direta é que filhos deste tipo de união serão afastados do
Judaísmo. Por acaso, esta também é a fonte bíblica para a Lei de descendência
materna. Como o versículo declara: "pois ele (i.e., um pai não-judeu) fará
teu filho se afastar…" Isso implica que um filho nascido de uma mãe judia
é judeu, ao passo que se um homem judeu desposa uma mulher não judia, o filho
não é judeu. Assim, no caso de um judeu casado com uma não judia, o filho não é
judeu, e uma linhagem judaica ininterrupta até então foi quebrada. Se um homem
não judeu casa-se com uma judia, os filhos são judeus. No entanto, a Torá
proíbe explicitamente este tipo de união, pois "ele desviará teu
filho". Por fim, se a Torá ainda considera a “barriga judia”, desaprova a
união mista sobre qualquer circunstância.
A verdade é que uma mulher judia que já tenha feito um casamento misto e
tido filhos, deve ser encorajada a dar-lhes uma educação judaica completa.
Quando isto não ocorre, o filho cresce com uma identidade confusa e mesclada;
sente-se um "meio judeu". Tecnicamente, isso não existe – ou alguém é
100% judeu ou não é. Mas alguns fatos contribuirão para aumentar a confusão:
Eles celebrarão Chanucá ou Natal, os dois ou nenhum deles? O filho também
recebe um teste de lealdades mistas. Todas as passagens da vida criam um
problema. O filho deve ser circuncidado, batizado, ambos ou nenhum deles?
Casar-se numa sinagoga ou numa igreja, ser enterrado num cemitério judaico ou
cremado? E quais são as chances de que queira se casar dentro do Judaísmo?
Mesmo no caso de uma mãe judia determinada que deseja casar-se com um não judeu
e criar seu filho como judeu, quem pode afirmar que o filho desejará desposar
uma judia e – o mais importante – que tipo de exemplo a mãe deu para o filho?
Os filhos aprendem com os pais. Não podem aprender ética, precisam
vê-la sendo praticada. Além disto, todo mundo deseja pertencer a um grupo
– é uma necessidade humana básica. O casamento misto provoca confusão nos
filhos quanto a que grupo eles realmente pertencem.
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE ESTE ASSUNTO
Nota - Extraído do site: www.chabad.com.br
Está nos genes
De forma geral, até o casamento entre pessoas com o mesmo tipo de
educação acarreta um certo risco de ajustamento e compatibilidade. Mesmo que os
dois já se conheçam há algum tempo, não há garantia sobre seu relacionamento
quando se tornarem casados. Porém quando a educação é totalmente diferente as
chances de compatibilidade e ajustamento são ínfimas, quase inexistentes. Isso
ocorre especialmente quando as diferenças são antagônicas e de natureza hostil,
como ficou evidente pelos pogroms e perseguições aos judeus em todos os países
onde viveram nos últimos 2.000 anos. Além disso, a ciência moderna reconhece a
natureza hereditária dos traços de caráter, especialmente aqueles profundamente
enraizados no decorrer das gerações.
O casamento misto pode resultar, cedo ou tarde, em conflito e
infelicidade.
Nenhuma mudança
Mesmo que um casal esteja feliz um com o outro, profundamente
apaixonado, e tenha decidido se casar apesar das diferenças religiosas, quem
garante que os futuros eventos não reverterão seus sentimentos? Existem muitos
fatores que podem mudar os sentimentos de uma pessoa.
O Rei Shlomo declara: "Estou dormindo, mas meu coração
está desperto." Um judeu pode estar dormindo espiritualmente,
mas no íntimo seu coração judaico está sempre desperto e, a certa altura, será
despertado. Após anos dentro de um casamento, onde grande parte se transforma
em rotina, a alma e o coração judaicos podem ser despertados para procurar o
significado mais profundo da vida. Pode haver uma busca pela espiritualidade e
redescobrimento das próprias raízes.
Considere o fato de que estes sentimentos não serão compartilhados pelo
cônjuge. Ele não entenderá nem sentirá as mesmas emoções, e você estará sozinho.
Por outro lado, um parceiro judeu significa uma história compartilhada, e um
destino em comum.
Mas dá certo!
Existe, obviamente, o argumento de que a porcentagem de casamentos
mistos é considerável, e muitos deles parecem ser duradouros. No entanto, as
estatísticas mostram que a porcentagem de separações e divórcios entre estes
casais é muito maior que nos casamentos entre pessoas da mesma fé. Além disso,
muitas pessoas casadas tentam manter a aparência de um casamento
"feliz", com vergonha de confessar o fracasso e revelar os conflitos
e indignidades que ocorrem no lar. Num casamento misto a sensação de vergonha é
ainda maior, sabendo que muitos amigos avisaram sobre isso, enquanto o casal
insistia que com eles seria diferente.
Simplesmente não está certo
Para ser franco – no sentido comum da palavra – a pessoa não deveria
querer arrastar o outro numa aliança problemática desde o início. Se existe um
verdadeiro amor entre as partes, e não de maneira egoísta, deve-se deixar
passar a possibilidade de prazer imediato e de curta duração para poupar ao
outro este tipo de situação. Deve-se considerar que os filhos talvez tenham de
testemunhar conflitos – ou algo pior – entre os pais. É necessário enfatizar
que a conveniência pessoal, o desejo ou a gratificação não são justificativas
para a pessoa se envolver com algo que está errado, especialmente envolver
outra pessoa – menos ainda a pessoa amada; ninguém tem o direito de magoar
outra pessoa.
Um casamento judaico
Um casamento judaico é chamado de Binyan Adei Ad – um edifício
duradouro. Para que isto ocorra, tudo deve estar conectado com as instruções da
Torá, chamada Torat Chaim – Torá da Vida – sendo a fonte da vida eterna no
Mundo Vindouro, bem como um verdadeiro manual que ensina como devemos viver.
Não se trata de simples analogia. Sem uma fundação sólida, todos os
esforços colocados nas paredes, teto, decorações e tudo o mais serão inúteis.
Isso é ainda mais verdadeiro sobre a estrutura do casamento; se os alicerces
são instáveis levando a um desmoronamento! É por isso que um casamento judaico
deve, antes de qualquer coisa, ser baseado na Torá – uma fundação sólida.
Eu devo casar-me com uma judia somente porque é judia?
Muitos jovens sentem-se pressionados pelos pais a procurarem um cônjuge
judeu e, embora a escolha seja mais ampla no mundo não-judaico, eles se sentem
obrigados a casar-se com alguém da comunidade por um senso de dever. Com
frequência perguntam qual a diferença entre o judeu e o não-judeu – ambos se
vestem da mesma maneira, ambos partilham valores em comum, comem a mesma
comida. Se um homem se depara com uma opção entre duas mulheres, uma judia e a
outra não, ele deveria casar-se com a judia somente porque ela é judia?
A resposta é um "Sim" ressonante!
Sim, porque ali existe o potencial para um casamento realmente judaico.
Embora no momento não pareça haver diferença entre a judia e a não-judia, à
medida que as pessoas ficam mais velhas elas amadurecem e mudam. As
vicissitudes, conflitos e desafios da vida puxam a pessoa em todas as direções.
Se pelo menos alguém se casar com um judeu, há algo em comum e um potencial
para crescer. A Torá fornece as Leis de Taharat Hamishpachá – Pureza Familiar –
que realçam o casamento; a grande importância de Shalom Bayit – a paz no lar –
e como administrar um lar casher. A importância da chinuch – educação – desde a
mais tenra idade. Nenhum casamento pode ser considerado como algo garantido,
mas um homem e sua mulher devem trabalhar para implementar estas diretrizes e
ter sucesso no casamento.
Por fim gostaria de lembrar de um episódio aparentemente cruel, mas que
deve ser levado em consideração:
Lendo no Tanach - ESDRAS.10:2-3
Observamos que Sacanias filho de Jeiel, diz a Esdras: “Nós temos
transgredido contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras, dos povos
de outras terras, mas, no tocante a isto, ainda há esperança para Israel, agora
pois façamos aliança com o nosso Deus, de que despediremos todas as mulheres e
os seus filhos, segundo o conselho do Senhor e o dos que temem ao mandado do
nosso Deus; e faça segundo a Lei.”
“Obra realizada com a permissão de D’us, o Sagrado Abençoado Seja!”
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Fonte:http://judaismovivo.com.br/
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