“Nachal Novea,
Mekor Chochma”
Um rio que flui, a fonte da sabedoria (Provérbios - 18:4)
Um rio que flui, a fonte da sabedoria (Provérbios - 18:4)
Parashá HaShavua:
Acharei / Kedoshim
(Levítico
16:01-18:30; 19:01 - 20:27)
Pesquisa, tradução e adaptação: Breslev Brasil – RJ
O AMOR AO PRÓXIMO É O MEIO PARA NOS
CONECTARMOS COM D’US
"E amarás o
seu próximo como a ti mesmo. Eu Sou o Eterno. [Rabi Akiva disse: Este é o princípio
fundamental da Torá]" (Levítico 19:18)
O ato de dar amor
e respeito à outra pessoa é muito precioso aos olhos de D'us. É através da
doação do amor e respeito ao próximo que se pode vir a reconhecer e encontrar a
D'us.
Todo ser humano
possui interiormente a necessidade e o desejo de dominar e controlar seu
ambiente e todas as pessoas que ele se relaciona. Esta característica é
essencial para a sobrevivência de cada ser vivo neste mundo. A
incapacidade de fazer valer seus próprios direitos e necessidades legítimas pode
causar danos incalculáveis à pessoa, podendo
até mesmo levá-la à morte. Por exemplo, se uma criança não fosse capaz de
clamar pela ajuda dos pais quando ela está doente ou com fome, a criança
pereceria. D'us deu a cada pessoa e criatura, talentos e habilidades
especiais, que devem ser utilizados da maneira correta para beneficiar o mundo
e a humanidade. Para usar as habilidades e os talentos para beneficiar o
mundo, é preciso ter certo grau de autoestima. Em muitos casos, uma
implementação de talentos especiais e as necessidades legítimas de
sobrevivência podem fazer com que uma pessoa queira dominar e incomodar o
próximo, quando é preciso exercer e valer o seu "eu". A
necessidade de dominação e negação dos outros para a sobrevivência de uma
pessoa é provocada pela diversidade da Criação. O mundo é composto por 4
elementos básicos, que são: água, fogo, ar e terra. Esses 4 elementos
básicos estão em concorrência uns com os outros. A única maneira deste
mundo continuar a existir é através da interação e harmonia de todos os
diversos elementos. Se houver união demais, um elemento pode tornar-se completamente
anulado em relação ao outro elemento. Fazendo com que um elemento se torne
totalmente diluído e deixe de funcionar. Se isso acontecer, a contribuição
positiva do elemento para o mundo será perdida. Portanto, todos os
elementos, animais e pessoas devem funcionar de uma forma que exerçam as suas
necessidades e talentos especiais de maneira que não negue a existência e o
correto funcionamento dos outros itens e criaturas que vivem nesta terra.
Cada pessoa e cada
elemento deve fazer valer os seus poderes especiais e únicos de uma maneira que
se relacione bem com todas as pessoas e elementos que estão à sua volta. Quando
o elemento de fogo encontra o elemento de água, o fogo deve ser capaz de afirmar-se
e funcionar de uma maneira que impeça que o elemento água não anule o
fogo. No entanto, o elemento fogo não deve se afirmar muito. Se o
elemento de fogo se afirma demasiadamente, ele pode incinerar seus arredores e
causar grande destruição. Este exemplo pode ser aplicado para a interação
entre todos os 4 elementos básicos.
É
PRECISO TER CUIDADO PARA NÃO SERMOS MUITO RUDES COM O PRÓXIMO QUANDO NOS
EXPRESSAMOS
D'us criou tudo
neste mundo para benefício do homem. Este mundo foi dado ao homem como uma
ferramenta pela qual ele poderia vir a descobrir D'us, usando o dom do livre
arbítrio. Portanto, o homem é superior a todas as outras criaturas, até
mesmo aos santos anjos, pois o homem tem a capacidade de escolher livremente
entre o certo e o errado. Pois o dom da escolha livre é um fator real na
vida do homem que lhe dá o poder e a capacidade de colocar suas decisões em ação. Portanto,
o homem deve usar a habilidade inata para dominar e afirmar o seu poder de
influência, e implementar suas decisões, colocando-as em prática. O
versículo seguinte ensina este ponto: "E abençoou-os D'us e disse-lhes
D’us ‘...subjugai-a, e dominai sobre o peixe do mar e sobre a ave dos céus, e
em todo animal que se arrasta sobre a terra.(Gênesis 1: 28)’” Para que assim os
seres humanos pudessem implementar as suas decisões a partir de sua livre
escolha.
A livre escolha
exige que haja uma oportunidade igual para decidir entre fazer o bem e fazer o
mal. Portanto, há inúmeros obstáculos que o homem deve encontrar ao longo
da sua vida, obstáculos no qual ele deve sobrepujá-los para que não impeçam que
suas almas juntem-se a D'us.
É por isso que
D'us criou no homem o desejo de dominar e conquistar as pessoas e o ambiente ao
seu redor. O desejo de conquistar é parte da característica do homem para
implementar sua livre escolha. Se o homem tem o poder da escolha, ele pode usar
seus talentos para conquistar e subjugar seus impulsos no meio ambiente, a fim
de melhorar o mundo, e para servir e apegar-se a D'us. Por outro lado, o
homem pode escolher utilizar seus talentos para conquistar e dominar seu meio
ambiente para promover seus próprios objetivos egoístas e as suas ambições. Este
caminho não permite que o homem se torne conectado com D‘us, e uma vitória
nesta área não deixa na pessoa qualquer bem de valor duradouro. Sua
vitória é falsa e sem sentido.
O homem deve
conquistar seu ambiente, até mesmo para fazer o bem. O Talmud menciona
essa ideia: "Yehuda ben Tema disse: "Seja corajoso como um leopardo,
ligeiro como a águia, ágil como o veado e forte como um leão para executar
a vontade de teu Pai que está no Céu" (Talmud: Pirkey Avot 5:23). Por sua
característica de querer conquistar para fazer a vontade de D'us, o homem
apega-se ao Criador Embora seja muito necessário, a fim de conquistar e apegar
a D'us, é preciso ter muito cuidado para não ter excesso de zelo em seu combate
às barreiras do mal que se interpõem entre ele e D'us. Ter excesso de zelo para
vencer o mal pode causar grande destruição, e pode ser tão mal como o mal que
ele tenta destruir. A tentativa de subjugar o mal que está entre ele e D'us,
deve ser implementada com um mínimo de conflito, disputa, e a incomodo ao
próximo.
A pessoa deve
sempre ser muito honesta consigo mesma e examinar seus verdadeiros motivos nas
suas ações. Por exemplo, um pai ao gritar e intimidar a esposa, filhos ou
amigos por não cumprirem exatamente um mandamento particular nos seus mínimos
detalhes. Seu comportamento é realmente motivado pelo seu amor a D'us, ou
o seu comportamento é um resultado de um complexo de inferioridade, e ele
realmente precisa provar para si mesmo que é importante o suficiente para
controlar o comportamento dos outros?
Toda a Torá é
baseada no versículo: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Portanto,
todas as leis contidas na Torá mediam e regulam as relações entre D’us e o
homem e as relações entre homem e homem, a fim de alcançar a meta de que todas
as partes envolvidas amem unas às outras. Do fato de que D'us nos deu
todas as leis encontradas na Torá como um guia sobre como chegar ao amor a Ele
e ao nosso semelhante, podemos ver como é precioso aos olhos de D'us, quando
uma pessoa ama a outra. É por isso que Rabi Akiva ensinou que o amor ao
próximo é o princípio fundamental em que a Torá é baseada.
É
FUNDAMENTAL RESPEITAR A DIVERSIDADE DAQUELES QUE SEVEM A D’US
Todo mundo tem um
ponto de vista e as perspectivas para a vida diferentes. D’us criou Seu
mundo com uma quantidade infinita de criaturas, os quais todas são diferentes
umas das outras. Cada ser humano tem uma personalidade diferente. A personalidade
de cada pessoa contém várias combinações diferentes dos 4 elementos
básicos. No entanto, há sempre um elemento que é predominante e tem maior
influência sobre sua personalidade do que os outros. Um elemento
influencia de forma predominante a personalidade e a perspectiva de uma pessoa,
seus sentimentos e ações inclinam-se para o modo de comportamento desse
elemento em particular. Uma pessoa que tem o fogo como seu elemento
predominante, será muito apaixonada em seu comportamento e perspectivas. É
conveniente e é a vontade de D'us que cada pessoa desenvolva vigorosamente as
boas características de sua personalidade que é influenciada pelos elementos
que contém a sua personalidade. Não se deve permitir que alguém seja
impedido de crescer espiritualmente através do caminho que ela escolheu. Apesar
disso, nunca se deve ser demasiado forte e assertivo na implementação de seu
comportamento virtuoso à custa dos outros. Quando uma pessoa escolhe um determinado curso de ação para
servir a D'us, com base nas influências e as tendências de sua personalidade,
seu método de servir a D'us acabará por entrar em conflito com os outros que
optaram por um caminho completamente diferente em servir a D'us, com base nas
influências de suas personalidades totalmente diferentes, e eles podem entrar
em conflito, como fogo e água.
Embora dois
indivíduos sirvam a D'us, as suas formas de serviço podem entrar em conflito
uns com os outros por causa de suas personalidades opostas. Quando isso
ocorre, ambas as partes devem evitar odiar uns aos outros a todo
custo. Ambas as partes devem ser capazes de procurar uma maneira de
coexistirem em harmonia. Isto significa que ambas as pessoas devem ter
muito cuidado para não exercerem e infligirem muito no seu semelhante a sua
própria vontade e personalidade. Ambos os indivíduos devem dobrar, ceder,
e se compromissarem, a fim de coexistirem. Ambas as pessoas devem ter
muito cuidado para evitarem pisar sobre os limites do outro. Se eles são capazes
de fazer isso, eles estão em conformidade com a vontade de D'us e, assim, estão
cumprido a intenção de toda a Torá e de D'us. Eles não devem ser levados a
pensar que D’us quer que eles obriguem os seus próprios métodos particulares em
servir a D'us para os outros. Há uma quantidade infinita de maneiras de
como servir a D'us. De jeito nenhum, um método particular de serviço a
D’us jamais poderia ser suficiente e o único certo, pois D’us É Infinito. Portanto,
não se deve limitar a D'us por pensar que o seu próprio método é a única
maneira correta de servi-Lo. D'us valoriza o serviço de todos e Ele deseja,
acima de tudo, a paz e a cooperação entre valores opostos. É por isso que
na Chassidut Breslev, embora todo mundo tente seguir os ensinamentos do Rebe
Nachman, todos são incentivados a continuar praticando os costumes que seguiam
antes de chegarem aos ensinos Breslev. Entre os “Breslovers” existem
diversos grupos de pessoas, como os Sefaradim, os Litvaks, os ortodoxos e os
judeus modernos. Todos estes tipos de pessoas são respeitados em suas
diferenças. Rebe Nachman ensinou que a principal coisa é seguir ao
Shulchan Aruch (Código da Lei Judaica). É por isso que existem muitos
poucos costumes entre os Breslovers. Não há código de vestimenta. Há
muitos seguidores que estão muito modernizados e se vestem no estilo
contemporâneo de hoje. A principal coisa entre os Breslovers é se
aprofundar nos ensinamentos do Rebe Nachman e as diversidades entre as pessoas
para promover o crescimento. A diversidade não deve ser utilizada como um
meio para dividir-nos.
Por exemplo,
várias pessoas em uma Minyan (um quorum de 10 homens judeus adultos) gostam de
orar em voz alta, outros gostam de orar em um tom baixo, outros gostam de rezar
rapidamente, mas outros gostam de orar lentamente para que possam se ligar ao
que eles estão dizendo. Todas essas pessoas que se reúnem para orar devem
estar em sintonia. Não é certo que aqueles que rezam em voz alta perturbem
àqueles que não o fazem. Não é certo que aqueles que rezam de maneira
rápida, queiram acelerar o ritmo do Minyan e evitar que aqueles que querem orar
com mais consciência de fazê-lo. Não é certo que aqueles que querem orar
com consciência excessiva atrasem aqueles que não são tão inclinados. Todas
as pessoas no Minyan devem chegar a algum tipo de compromisso. Aqueles que
gostam de orar em voz alta devem orar em um tom mais baixo do que
gostariam. Aqueles que gostariam de apressar as orações devem desacelerar
para aqueles que não o fazem. Aqueles que querem rezar mais lento devem orar um
pouco mais rapidamente. É por isso que a oração com um Minyan é tão
preciosa aos olhos de D'us. Pois rezar com um minian exige o compromisso e
a convivência de pessoas diferentes. Esta é a verdadeira paz que D’us ama. O
indivíduo deve sempre lutar para que a sua vontade esteja em detrimento com as
dos outros. Isso irá reduzir os conflitos. Respeitar as necessidades
dos outros de uma forma equilibrada é a forma mais elevada de serviço a
D'us. Como mencionado acima, amar o próximo como a si mesmo é o alicerce
de todos os mandamentos encontrados na Torá. Esta é a lição da corrente
sanguínea. Se o sangue não flui dentro dos limites estabelecidos pelas
veias e artérias, a pessoa vai sangrar até a morte. Somos todos um só
corpo, portanto, temos de definir limites para não perturbar o equilíbrio das
outras partes.
É
INADEQUADO FAZER COM QUE OUTRA PESSOA REALIZE UM TRABALHO QUE É DESTINADO A NÓS
Muitas pessoas têm
o hábito de se aproveitarem dos outros. Muitas vezes as pessoas
intencionalmente deixam de realizar um trabalho que eles são responsáveis, para
que os outros façam por eles. Este tipo de pessoa que constantemente
despeja suas obrigações sobre os outros e age desta forma, acha que eles tenham
conseguido escapar de seus fardos. No entanto, existe um D’us que vê
tudo. Por causa dessas práticas mesquinhas sobre os outros, o Criador
considera como se tal pessoa tivesse violado o núcleo de toda a Torá. Uma
pessoa como essa só se distancia de D'us como resultado de suas más
ações. Ele cria ódio e ressentimento na pessoa que ele despeja suas
obrigações. Isto vai contra a vontade de D'us, pois com isso ele violou
muitos mandamentos positivos e negativos. O Talmud nos diz que a grandeza de
Sansão e Rabi Pinchas ben Yair era que eles nunca permitiram que outro judeu
fizesse qualquer coisa para eles. Eles evitaram se aproveitar sobre
qualquer outro ser humano. Embora fossem líderes de Israel, e por direito,
eles poderiam ter exigido que fossem favorecidos, mas nunca permitiram que
ninguém fizesse nada para eles. Eles sentiram que cada judeu era um servo de
D'us e que não era certo que fizessem uso de um item tão precioso para seu
próprio benefício. Eles sentiam que a honra de D'us era profanada com isto. Para
cumprir a vontade de D'us, devemos evitar o péssimo hábito de nos aproveitar dos
outros a todo custo.
OS
CAMINHOS DIFERENTES QUE AS PESSOAS ESCOLHEM PARA SEVIREM A D’US, PODEM SER A
ÚNICA MANEIRA DE SATISFAZER A SUA ALMA
Todo mundo que vê
alguém servindo a D'us de uma forma diferente que não seja a sua, sente que a
outra pessoa está errada e se desviou do caminho da verdade. Não se deve
vir a odiar seu companheiro por isso. Talvez este caminho diferente que a
outra pessoa escolheu seja necessário para as necessidades particulares de sua
alma. Pois, D'us criou muitos tipos diferentes de almas. Cada alma
tem uma necessidade diferente. Cada pessoa é intuitivamente atraída para o
método de servir a D'us, que é mais adequado para as necessidades de sua alma. Qualquer
outro método de servir a D'us não iria dar certo ou servir para ele, pois sua
alma precisa desse método exato de serviço para estar bem nutrida e funcionar
adequadamente. Por conseguinte, existem muitos métodos sobre a forma de
servir a D’us, porque as necessidades das milhares almas diferentes são todas
variadas. Deve-se evitar odiar seus companheiros por sua forma diferente
de servir a D'us. Enquanto o
caminho escolhido pela pessoa está em conformidade com as leis do
Shulchan Aruch (Código da Lei Judaica), ele deve evitar a tentativa de mudar o
seu companheiro e convencê-lo a adorar a D’us de uma maneira
diferente. Isso pode privar a alma da outra pessoa da nutrição que realmente
precisa.
Por outro lado, se
perceber que o caminho escolhido de uma pessoa não está de acordo com o
Shulchan Aruch, não se deve vir a odiar ou denegrir a pessoa. Deve-se
tentar falar com essa pessoa de uma forma instrutiva e agradável, para mostrar
a ela onde errou. Esta abordagem vai transmitir a ela que você está
preocupado e a ama. Esta abordagem está em conformidade com a vontade de
D'us. Nunca se deve falar com força ou de uma forma condescendente ou
odiosa. Se você é capaz de convencê-lo de seu ponto, muito bem, mas se
não, tudo bem também. Não empurre o problema para um ponto onde um
conflito possa ser gerado. A razão pela qual ele não deu ouvidos a você é
porque ele ainda não adquiriu os meios necessários para receber a Luz de D'us e
forçar a Luz de D'us para ele agora seria destrutivo. Nesta situação a paz
substitui todos os outros mandamentos. Deve-se pesquisar e se concentrar
nos pontos positivos dessa pessoa e ainda amar essa pessoa, apesar do fato dela
estar em conflito com a Lei judaica.
ALGUÉM
QUE QUER USAR SEUS TALENTOS PARA SERVIR A D’US NÃO SE SENTE AMEAÇADO POR
NINGUÉM
Se alguém usa os
próprios poderes de dominação para conquistar o seu ambiente, saciar seus
próprios desejos, e não por uma questão de servir a D'us, ela nunca poderá tolerar
a Verdade. É mais importante para este tipo de pessoa que o seu próprio
ponto de vista prevaleça, mesmo se ela souber que está errada, do que reconhecer
a derrota e confrontar com a verdade.
Além disso, a
pessoa egoísta tem a necessidade de usar os outros para alcançar seu objetivo
de dominação. Ele não pode tolerar uma derrota em qualquer forma ou em
qualquer nível. Qualquer percepção de derrota faz com que essa pessoa
sinta uma dor tremenda, pois ela não conseguiu alcançar seu objetivo de governar
em seu próprio reino. Ela não pode tolerar alguém que seja mais esperta, mais
alta, que tenha mais sucesso, seja mais bonita e mais rica do que ela. Ela
sente ódio e ressentimento em relação àquelas pessoas que ela percebe que de
alguma forma são superiores a ela. O objetivo na vida dessa pessoa é governar
sobre os outros, e ela vê a todos como uma ameaça em potencial para o seu
reino. Ela virá a odiar quem quer que ela perceba que irá comprometer seus
objetivos.
Alguém que deseja
usar seus talentos para servir a D'us não se sente ameaçada por ninguém, exceto
pelos ímpios. Ele virá a amar todos os outros, pois ele sabe que esta é a
vontade de D'us.
Devemos entender
que tudo que D’us criou é importante para o benefício do mundo. Os seres
humanos são as criaturas mais importantes de todas, pois eles têm a capacidade
de reconhecer o Criador. Cada pessoa tem sua própria visão original do Criador,
que é diferente de qualquer outra pessoa. Portanto, devemos ver cada
pessoa como um recurso valioso de informações para aprender sobre D’us. A
outra pessoa vê um aspecto sobre D'us que você pode ser incapaz de ver. A fim
de compreender mais sobre D’us que É Infinito e guardar Seus mandamentos,
precisamos de uma grande sabedoria. O grande sábio, o Gaon Vilna ensinou que
não é suficiente ser habilidoso e bem sucedido na compreensão do texto da
Torá. Ele disse que é preciso ter muita sabedoria para compreender como
aplicar o que aprendemos e colocar em prática. Portanto, precisamos
aprender com cada ser humano. Temos de tirar os talentos e a sabedoria que
cada indivíduo possui. Temos de ver e valorizar cada pessoa que
encontramos, como se fosse nosso mestre pessoal, que pode nos ensinar algo
sobre D'us. Pois todos nós somos criaturas de D’us e, portanto, refletimos
parte da Inteligência d’Ele. O Talmud declara: "Ban Zoma dizia:
"Quem é sábio? Aquele que aprende de cada pessoa.” (Talmud: Pirkey
Avot 4:1) Se prestarmos mais atenção no valor de cada indivíduo sob essa luz,
então cumpriremos o objetivo principal de D'us ao nos ter dado a Torá, que é:
amar a D’us, a nós mesmos, e o nosso próximo. (Lekutey Halachot: Orach Chiam:
Hilchot Brachot Harileya Oohshar Brachot Peratiot 5:6)
“Obra realizada com a permissão de D’us, o Sagrado Abençoado Seja!”
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